Técnica de Sobrevivência: Cálculo I

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Atualmente as redes sociais, por meio de meme, difundem a dificuldade clássica para a maioria dos estudantes que iniciam um curso superior na área de exatas. A dificuldade está em passar na disciplina de Cálculo, mais precisamente não Cálculo I, base de todo curso de exatas. O conceito de Cálculo na matemática é muito diferente aquele atribuído por uma pessoa no seu cotidiano. Trata-se de ferramenta matemática que permite estudar diversos fenômenos e eventos que ocorrem em determinadas situações. Para seu estudo e compreensão é necessário o domínio de conceitos de Álgebra , Geometria Analítica , Funções e Trigonometria . Se o leitor está pensando em realizar um curso na área de exatas, pode ser relevante aos seus estudos, realizar uma Avaliação Diagnóstica, para analisar seus conhecimentos nestas quatro áreas. Em seus livros James Stewart, costuma disponibilizar, logo de inicio, uma avaliação deste tipo. Que tal realizar esta avaliação? Lembre-se que é sem

O Telegrama Misterioso

Um oficial inglês, destacado na longínqua província de Lahore, na Índia, é surpreendido com enigmático telegrama enviado de Londres por seus sobrinhos, Jorge e Flávio. Na certeza de que se tratava de gravíssima noticia, transmitida em código secreto, recorre o interessado a um matemático, e este esclarece por completo o mistério do telegrama cifrado.

O caso, em poucas palavras, foi o seguinte:
Nesse tempo, o Coronel Charles Luse servia em Lahore (na Índia). Uma tarde chegou ao coronel estranho e enigmático telegrama, vindo de Londres, enviado por seus sobrinhos Jorge e Flávio.
Um atentado contra o vice-rei da Índia, ou um assalto de fanáticos contra o quartel, não teria causado maior surpresa ao pacato Coronel Luse. Aquele inesperado telegrama de seus dois sobrinhos, enviado de Londres, com nota de urgente, deixara-o verdadeiramente assombrado.
O ilustre militar leu e releu várias vezes o misterioso despacho:

Coronel Luse – Lahore – S. J. II – 12. 13. S. P. C. – 16. 7. 6. – Jorge e Flávio.

Não há dúvida. Alguma notícia sensacional, referente a assunto gravíssimo, era enviada em código secreto. Como traduzir a mensagem? O coronel, sem quebra de sua dignidade de súdito britânico, pediu o auxílio de seus colegas de regimento. Recorreu aos exímios charadistas e nada conseguiu. Apelou, afinal, para um matemático famoso, chamado Mac Munn, que se achava casualmente na cidade em viagem de turismo.
O matemático analisou o telegrama, consultou vários livros e declarou, finalmente:
- Os jovens Flávio e Jorge, de Londres, mandaram dizer ao Coronel Luse, em Lahore, o seguinte:

Esperamos partir em breve; muita coisa devíamos escrever, mas achamos melhor não gastar papel e tinta e transmitir pessoalmente todas as noticias. Não pretendemos vê-lo só de passagem. Se Deus permitir, passaremos o inverno aí, para passearmos juntos. Saudações enviam os filhos de sua irmã.

O caso era de estarrecer. Como teria o matemático obtido o longo e minucioso texto de telegrama, interpretando números e letras daquela sucessão estapafúrdia inteiramente desconexa e absurda:

S. J. II – 12. 13. S. P. C. – 16. 7. 6.

Era isso que deixava o Coronel Luse, ainda mais assombrado.
Com imperturbável serenidade, o velho Mac Munn tomou de um exemplar da Bíblia, e mostrou que o telegrama misterioso era de uma clareza cristalina. Citava, apenas, quatro versículos da Bíblia, o livro de Deus.
“S.J.” significa “São João”; “S.P.” queria dizer “São Paulo”; o “C.”, a seguir, é a abreviatura de “Coríntios”. Os números indicavam os versículos correspondentes. O matemático se limitara, portanto a ler a Bíblia, nos trechos apontados.
Vamos transcrever as citações evangélicas que formavam, na integra, o texto do telegrama que o matemático Mac Munn tão bem soube interpretar. Destaquemos a primeira parte:

S.J. II – 12. 13.

quer dizer, apenas:

Segunda Epístola de São João, versículo 12 e 13.

Esses versículos são:

12 – Muita coisa tenho que escrever-vos, porém, não quis com papel e tinta, mas espero ir ter convosco e falar de boca a boca, para que o nosso gozo seja cumprido.
13 – Saúdam-te os filhos de tua irmã eleita. Amém.

Vejamos, agora, a segunda parte do despacho telegráfico:

S. P. C. – 16. 7. 6.

que indica, claramente, de acordo com as notações usuais:

Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 16, versículos 7 e 6.

Os versículos citados são:

6 – E bem pode ser que fique convosco e passe também o inverno, para que me acompanheis para onde eu for;
7 – Porque não vos quero agora ver de passagem mas espero ficar convosco se o Senhor assim permitir.

Resolvido o problema, rejubilou-se o Coronel Luse com a original ideia dos jovens, e para mostrar que ele também conhecia a Bíblia, resolveu acusar o recebimento do telegrama charadístico por meio de outro telegrama não menos enigmático. E mandou para seu sobrinho Flávio (o mais velho) o seguinte aviso:

Flávio Luse – Londres – S. P. T. II – 4. 9. S. P. F. 21 – Tio Charles.

Duas são as citações bíblicas que formam o texto dessa resposta:
Refere-se a primeira ao versículo 9 do capítulo 4 da Segunda Epístola de São Paulo a Timóteo:

29 – Procura vir ter comigo depressa.

A outra parte contém o versículo 21 da Epístola de São Paulo a Filemom:

21 – Escrevi-te confiando na tua obediência sabendo que ainda farás mais do que digo.

E a Bíblia, dessa maneira, serviu pela primeira vez, como código secreto para uma modesta correspondência telegráfica entre sobrinhos e o tio.
Para aqueles que cultivam a velha Kabbala, com todos os passa de um emaranhado código secreto, e as verdades contidas na Sagrada Escritura só poderão ser reveladas aos homens com o auxilio de fórmulas e combinações matemáticas.

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