Técnica de Sobrevivência: Cálculo I

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Atualmente as redes sociais, por meio de meme, difundem a dificuldade clássica para a maioria dos estudantes que iniciam um curso superior na área de exatas. A dificuldade está em passar na disciplina de Cálculo, mais precisamente não Cálculo I, base de todo curso de exatas. O conceito de Cálculo na matemática é muito diferente aquele atribuído por uma pessoa no seu cotidiano. Trata-se de ferramenta matemática que permite estudar diversos fenômenos e eventos que ocorrem em determinadas situações. Para seu estudo e compreensão é necessário o domínio de conceitos de Álgebra , Geometria Analítica , Funções e Trigonometria . Se o leitor está pensando em realizar um curso na área de exatas, pode ser relevante aos seus estudos, realizar uma Avaliação Diagnóstica, para analisar seus conhecimentos nestas quatro áreas. Em seus livros James Stewart, costuma disponibilizar, logo de inicio, uma avaliação deste tipo. Que tal realizar esta avaliação? Lembre-se que é sem

Números Perfeitos


Na matemática, podemos dizer que existe um conceito matemático mais perfeito do que qualquer outro?  

A maioria dos professores de matemática, constantemente, dizem aos seus alunos que a matemática é perfeita.

Bem, agora vamos apresentar a perfeição em números, a perfeição como é definida pela comunidade matemática.

Segundo a tradição na teoria dos números, no conjunto dos números naturais, temos um conceito denominado de "número perfeito".

Um número é definido perfeito quando um número é igual à soma de seus divisores próprios exceto o próprio número (lembre-se que todo número é divisor que si mesmo).

O menor número perfeito é o 6, uma vez que 6 = 1 + 2 + 3, que é a soma de todos os seus divisores próprios.

Abrindo um parêntese o número 6 é o único numero conhecido que apresenta a característica que a soma e o produto dos seus divisores próprios são iguais: 6 = 1 + 2 + 3 = 3 · 2 · 1 = 3! Outro fato interessante é: 6 = √ (13 + 23 + 33) e que 1/1 = 1/2 + 1/3 + 1/6. Vale lembra que 6 e seu quadrado 36, são números triangulares ... fechando o parêntese.

O próximo número perfeito é o 28, uma vez que novamente 28 = 1 + 2 + 4 + 7 + 14.

E o próximo é 496 = 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + 31 + 62 + 124 + 248, que é a soma de todos os divisores próprios de 496.

Estes quatro primeiros números perfeitos eram conhecidos desde os gregos ... eles são o 6, o 28, o 496 e o 8128.

Euclides determinou um teorema generalizando a forma de encontrar um número perfeito. No seu teorema consta que: se 2k – 1 é um número primo, então 2k – 1 · (2k – 1) é um número perfeito.

Então, sempre que encontrar um valor de k que satisfaz 2k – 1, então podemos determinar (não com 100% de certeza) um número perfeito.

Não é todo valor de k que satisfaz as condições do teorema de Euclides, uma vez que se k não é um número primo, então 2k – 1 é um número composto.

Usando o método de Euclides para a geração de números perfeitos, temos:

k = 2 → 2k – 1 = 3 → 2k – 1 · (2k – 1) = 6

k = 3 → 2k – 1 = 7 → 2k – 1 · (2k – 1) = 28

k = 5 → 2k – 1 = 31 → 2k – 1 · (2k – 1) = 496

k = 7 → 2k – 1 = 127 → 2k – 1 · (2k – 1) = 8 128

k = 13 → 2k – 1 = 8 191 → 2k – 1 · (2k – 1) = 33 550 336

k = 17 → 2k – 1 = 131 071 → 2k – 1 · (2k – 1) = 8 589 869 056

k = 19 → 2k – 1 = 524 287 → 2k – 1 · (2k – 1) = 137 438 691 328

Para k = 11 → 2k – 1 = 2 047 = 23 · 89, ou seja, é um número composto.

Observando podemos notar algumas particularidades dos números perfeitos:
  • Um número perfeito costumam terminar com 6 ou 28 e estes valores são precedidos por um dígito ímpar.
  • Um número perfeito costuma ser também número triangular, que é um número obtido pela soma de “n” números naturais consecutivos, partindo de 1, por exemplo, 496 = 1 + 2 + 3 + 4 + ··· + 28 + 29 + 30 + 31.
Para dar um passo adiante, cada número perfeito após 6 é a soma parcial da série: 13 + 33 + 53 + 73 + 93 + 113 + ···, por exemplo, 28 = 13 + 33 e 496 = 13 + 33 + 53 + 73.

Você pode desafiar os seus alunos tentar encontrar as somas parciais para os próximos números perfeitos.

Não sabemos se existem números perfeitos ímpares, nenhum matemático encontrou ou conseguiu provar se existe ou não existe um número perfeito impar.

Atualmente utilizam-se computadores para procurar e encontrar números perfeitos, sim o teorema de Euclides pode ser aplicado mais facilmente.

Fonte: POSAMENTIER, Alfred S. Math Wonders: to inspire teachers and students. Association for Supervision and Curriculum Development Alexandria: Virginia USA, 2.003.


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